Síndrome Dolorosa Complexa Regional

A síndrome dolorosa regional complexa (SDRC) é uma síndrome dolorosa pós-traumática, mais conhecida como causalgia ou distrofia simpática reflexa, caracteriza-se pela presença de dor espontânea em queimação, hiperalgesia, edema, instabilidade vasomotora, alteração da função motora e anormalidades autonômicas. Manifesta-se após lesão de nervos periféricos de variados graus, sendo desencadeada até mesmo em pacientes com traumas insignificantes ou mesmo obscuros. A síndrome compreende dois tipos, a tipo I que corresponde à distrofia simpática reflexa (causada por traumas ou fraturas pequenas sem lesão nervosa detectável), A síndrome tipo I foi descrito pela primeira vez por Paul Sudeck no início do século XX e é a mais frequente, sendo responsável por cerca de 90% dos casos.

Imagem Síndrome Dolorosa Complexa Regional

A tipo II correspondente a causalgia (com lesão de nervo confirmada). É acometido com frequência um único membro, com maiores incidências do lado direito, sendo associado em 65% dos casos de trauma, 19% no período pós-operatório, 2% após processos inflamatórios e 4% após outros fatores.

Ela começa com um ataque gradual, insidioso, podendo ocorrer por um período de dias a semanas. A doença progride em três estágios. O primeiro estágio, caracteriza-se por edema, cianose precoce que progride para eritema, hiperidrose e osteopenia com dores severas. O segundo estágio é caracterizado por queimação crônica ou dor contínua que pode ser menos intensa do que a dor vista no primeiro estágio, os movimentos tornam-se limitados, podendo resultar fibrose periarticular e forte espessamento por conta do edema crônico. O terceiro estágio pode durar por vários anos, a pele torna-se brilhosa, pálida, seca e fria, podendo produzir deformidades nas articulações por conta da progressão da rigidez, a osteopenia torna-se agravada nesta fase.

O diagnóstico da síndrome é totalmente clínico, sempre havendo necessidades de exames laboratoriais.para descastar outras possíveis hipóteses diagnosticas e a realização de exames de imagem , sendo a melhor observada a termografia na qual se visualiza uma diminuição da temperatura no membro afetado. Uma radiografia simples e mapeamento ósseos com material radioativo podem revelar alterações ósseas, sendo que os sinais cardinais são dor, edema, descoloração (vermelhidão ou palidez) e rigidez articular.

O tratamento inicial é baseado em analgesia, através de administração de anti-inflamatórios não-esteroides sendo necessário cuidados fisioterápicos para evitar a exacerbação da dor, colocação de talas e imobilizações devem ser evitadas. A segunda linha de tratamento normalmente quando essa dor não melhora, sendo usado para este tipo de tratamento os analgésicos centrais, anestesia regional, bloqueio simpático, dessensibilização de nervos periféricos, estimulação neuronal transcutânea ou implante estimulador da coluna dorsal.

Nessa fase e de suma importância as técnicas intervencionistas como bloqueio de gânglio estrelado e o simpático torácico para as distrofias e aos bloqueios da cadeia simpática lombar para distrofias em membros inferiores.

Após esse bloqueio positivo podemos continuar com as técnicas de intervenção em dor com a utilização de radiofrequência e ou fenolizacão das estruturas faladas anteriormente.

Imagem Tratamento com bloqueio da síndrome complexo regional do membro inferior

Tratamento com bloqueio da síndrome complexo regional do membro inferior esquerdo, antes e após o bloqueio com a demonstração com a termografia.

Visualizando o sucesso do procedimento.

Imagem Tratamento com bloqueio da síndrome complexo regional do membro superior

Tratamento com bloqueio da síndrome complexo regional do membro superior direita, antes e após o bloqueio com a demonstração com a termografia.

Visualizando o sucesso do procedimento.

Dr. Lúcio Gusmão
Especialista em
Tratamento da Dor
CRM 16363

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